Bem Vindo!





quarta-feira, 11 de julho de 2012

O que eu preciso saber sobre vacinação de cães

A vacina é o que faz com que os animais fiquem imunizados a determinadas doenças... A vacina contra raiva gera imunidade contra o vírus da raiva, a vacina contra a tosse dos canis, a vacina contra leishmaniose gera imunidade contra a leishmaniose (mais conhecido como calazar) e assim sucessivamente. Na infância é quando a imunidade do cão é mais ineficiente e é a época em que o cão está mais suceptível a doencas, outro período muito complicado é a fase idosa (em que nós chamamos de senilidade), onde a imunidade também é deficitária, pois muitas vezes o sistema imune não responde direito. Assim tanto na infância quanto na fase senil as vacinas são fundamentais, lembrando que adultos também precisam ser vacinados.
O ideal é iniciar a vacinação aos 60 dias de idade, podendo em alguns casos iniciar com 45 ou 49 dias, a critério do veterinário. 
Existem vacinas associadas que imunizam contra várias patologias, que são as principais doenças dos cães (parvovirose, cinomose, adenovirose, coronavirose, leptospirose...). Essas vacinas são conhecidas como V8, V10 ou V12, dependendo do laboratório fabricante. Algo muito importante a se saber é que existem vacinas comerciais e não comerciais. As comerciais são as nacionais e podem ser vendidas a qualquer pessoa que as solicite, as não comerciais são importadas e só podem ser aplicadas pelos médicos veterinários.
As vacinas são feitas em 3 doses, aplicadas em intervalos de 21 à 30 dias. Assim, exemplificando:

Se Bob (cachorrinho com 60 dias de vida) tomou a primeira dose dia 01/07/12 a próxima será dia 22/07/12 e a terceira dia  12/08/12. Após esse esquema de três doses ele precisará tomar apenas uma dose desta vacina por ano, chamada de reforço anual. Assim ele manterá os títulos de anticorpos suficientes para combater o vírus caso ele entre em contato com ele.

É importante que antes de ser vacinado o cão consulte com o veterinário, pois cães doentes não podem ser vacinados!!!
E algumas condições diminuem o efeito da vacina. Por isso, se informe com o seu veterinário, se o seu amigo pode ser vacinado


Outras vacinas importantes:
Raiva = uma dose ao ano, a partir dos 4 meses de idade (para cães e gatos)
Tosse dos canis = para prevenir esta doença, também uma dose ao ano
Leishmaniose = mesmo esquema das viroses (3 doses e um reforço anual), previne contra o calazar
Leptospirose = a cada 6 meses, para cães de fazenda ou que tenham muito contato com ratos



segunda-feira, 18 de junho de 2012

VERMIFUGAR


O que é isso?

Para que serve?

Você sabia que o seu cachorrinho ou o seu gatinho podem contrair vermes? Pois é, eles podem!

Vermifugar é dar remédio para combater a presença de vermes no organismo do seu cão ou gato. Por eles terem contato contínuo e possuírem uma proximidade maior com o solo, nossos bichinhos estão mais propensos a contraírem vermes. Atentando para o fato de que se não tratá-los, alguns desses vermes podem chegar a saírem vivos nas fezes dos nossos amados bichinhos e podem também afetar a nossa saúde. Além de prejudicar a saúde dos nossos cachorrinhos ou gatinhos. 

Animais com verminose podem apresentar o seu pelo opaco e quebradiço, seu crescimento é retardado, há emagrecimento, anemia, baixa de imunidade, podendo haver vômito, ascite (conhecida como barriga-d’água), diarréia, muco nas fezes, tristeza e apatia que poderá ocasionar, caso não seja tratado, à morte do seu amigo.

Temos que estar cientes de que algumas destas verminoses são também chamadas de zoonoses. Como exemplo de zoonoses causadas por vermes temos: as do gênero Toxocara que podem causar a larva migrans visceral; e o Ancylostoma caninum (cães) e Ancylostoma tubaeforme (gatos) que podem causar a larva migrans cutânea; além do Dipylidium caninum (afeta cães e gatos) um cestóideo que também pode acometer os seres humanos. No homem podem ser geradas lesões no fígado, pulmões, rins, cérebro e até mesmo nos olhos. Dependendo do tipo de verme. Por isso é muito importante manter em atualizado o esquema de vermifugação do seu pet. 

Vermifugar é importante para manter a saúde do seu animal e das pessoas que possam entrar em contato com ele ou com suas excreções (principalmente as fezes), evitando certas zoonoses. Assim, não deixe de vermifugá-lo periodicamente e de sempre manter contato com o seu veterinário.



Liliane de O Rafael do Nascimento
Médica Veterinária – CRMV 2293 



*ZOONOSE = doenças que os animais possuem que podem passar para os seres humanos.

*PET = animais de estimação como cães, gatos, pássaros, peixes, ferrets (furões), hamister e outros.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Doença do Carrapato


Erliquiose = Doença do carrapato



Você sabia que o carrapato pode transmitir doenças para os nossos amigos caninos? E que essas doenças são comuns na rotina da clínica veterinária?

É por isso que nós veterinários temos a preocupação de esclarecer a respeito da prevenção deste ectoparasita (parasita externo ao animal). Os carrapatos podem se contaminar com bactérias (Erliquia canis, E. platys, E. equi e E. risticii) e com protozoários (Babesia spp.).

O período de incubação da enfermidade é de oito a vinte dias.  Os animais podem apresentar como sinais clínicos diminuição até a perda total do apetite, manchas avermelhadas na pele, febre, sangramentos nasais (que chamamos de epistasia), dentre outros sintomas.

Os animais não tratados ou tratados tardiamente podem vir a óbito. Essa doença não possuí predileção por faixa etária, ou seja, pode atingir cães de qualquer idade. Lembrando que para um cão ficar doente ele precisa ter tido o contato com um carrapato contaminado com a Erliquia canis. E essa é a explicação de as vezes observarmos cães cheios  de carrapatos, mas que não adquiriram a Erliquiose.
Logo como não sabemos, só de olharmos para um carrapato, se ele está ou não contaminado o melhor é prevenir!

Use colerinhas, bisnagas spot on, sprays e promova sempre a limpeza do ambiente onde o seu amigo vive.

Busque orientações com o seu Médico Veterinário.



Cãezinhos que passeiam bastante em lugares com áreas verdes ou onde passeiam outros cães devem reforçar o spray nas patinhas para evitar que carrapatos subam e se escondam em suas patinhas

  

Liliane de O Rafael do Nascimento
CRMV-2293

domingo, 4 de março de 2012

Leishmaniose em Gatos é possível sim!

          A leishmaniose é uma doença de grande relevância em saúde pública por ser caracterizada como uma zoonose. Muitas espécies de animais são consideradas como reservatórios inclusive espécies selvagens, atualmente se comenta sobre a questão do gato doméstico também ser um reservatório. Entretanto, a leishmaniose felina (LF) ainda é um achado raro. Porém, casos de leishmaniose em gatos tem se tornado mais freqüentemente documentado em diversas partes do mundo.
         Assim, a elucidação do papel do gato na transmissão da doença, a detecção de animais acometidos e a caracterização da mesma nesta espécie é de extrema importância, já que existem casos de infecções naturais em diversas regiões do país como São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e outras. Assim, se faz necessário uma melhor caracterização da doença e seu conhecimento perante a classe veterinária, haja visto, que casos de LF podem estar sendo sub-diagnosticados. Sobretudo, mais estudos devem ser realizados para encontrar uma melhor forma para o diagnóstico desta patologia.
         Atualmente está sendo feito como testes diretos mais usuais na rotina clínica a punção de linfonodo, medula e biópsias, e como exames indiretos o ELISA, RIFI e menos frequentemente o PCR. Sabe-se que a sorologia pode ser um fraco marcador de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) Felina e epidemiologicamente pode gerar erros de diagnóstico com outras doenças que são diferenciais para LTA.
         A LF pode ser facilmente confundida com neoplasias e doenças infecciosas causadas por vírus, bactérias, protozoários ou fungos, principalmente relacionados a histoplasmose, esporotricose e criptococose. Esta pode se apresentar tanto na forma visceral como tegumentar.
       Em gatos infectados experimentalmente por Leishmania brasiliensis observou-se lesões que evoluíram no nariz e nas orelhas com posterior redução, sendo que a resolução total ococorreu por volta da décima e quadragésima semana pós-infecção, respectivamente. Podendo haver recidiva como ocorrido no experimento após 4 meses.
        Assim, a Leishmaniose em Felinos ainda é algo a ser estudado com mais cuidado e empenho. Não deve ser esquecida no momento de se desenvolver um diagnóstico.

        Espero que essa matéria tenha ajudado e esclarecido aos interessados no assunto.

Super Abraço!!!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Toxoplasmose

           A toxoplasmose é uma zoonose de grande importância para a saúde pública, causada pelo Toxoplasma gondii,  que é um protozoário coccidío intracelular obrigatório. Sendo grande alvo de muitos preconceitos contra os felinos. Sabemos que o gato é hospedeiro definitivo deste parasito. Este pode parasitar os gatos e outros animais: peixes, anfíbios, répteis, aves, cães, ovinos, bovinos, suínos e seres humanos,que servem como hospedeiros intermediários. É importante conhecer o papel do gato na disseminação e perpetuação do agente na natureza.
O ciclo biológico do Toxoplasma gondii ocorre em duas fases distintas do parasito. A fase assexuada do protozoário que ocorre nos linfonodos e tecidos dos hospedeiros intermediários, e a fase sexuada que ocorre no epitélio intestinal dos hospedeiros definitivos. Por este fato o T. gondii é considerado um parasito com ciclo heteroxeno, no qual os felídeos são considerados os hospedeiros definitivos ou completos e o homem e outros ver tebrados homeotérmicos, os hospedeiros intermediários ou incompletos.
Os hospedeiros suscetíveis podem adquirir o parasito através da ingestão de oocistos maduros contendo esporozoítos, que podem ser encontrados em água ou alimentos contaminados ou cistos contendo os bradizoítos em carne crua ou mal cozida.
Esses oocistos são excretados por uma ou duas semanas e para tornarem-se infectantes, devem esporular. Este processo leva de um a cinco dias após a excreção e é dependente da temperatura e umidade, mas podem permanecer viáveis por até dois anos no ambiente. Devido ao hábito de enterrar as fezes, os oocistos esporulados podem permanecer no local por meses. 
O homem e os animais, incluindo os gatos, podem adquirir a toxoplasmose após o nascimento, via transplacentária, pelo consumo de carnes ou seus derivados contendo cistos nas fibras musculares, ou ainda hortaliças, frutas, águas e pelas mãos contaminadas pelos oocistos.
Pessoas que tenham contato com gatos não apresentam risco elevado de adquirir Toxoplasmose, o ato específico de tocar os gatos é um modo raro de contrair a doença. Em razão de seus cuidadosos hábitos de limpeza, matéria fecal não é encontrada na pelagem de gatos clinicamente normais, reduzindo minimamente a possibilidade de transmissão para seres humanos pelo ato de tocar ou acariciar um gato. Mordidas e arranhões são improváveis vias detransmissão, pois os taquizoítos dificilmente estarão presentes na cavidade oral, saliva e unhasde gatos com infecção ativa ou infecção crônica.
Nos gatos, os sinais clínicos são determinados principalmente pelo local e pela extensão dos danos aos órgãos envolvidos. Podendo ser visto uma diarréia autolimitante. Contudo, a maioria não apresenta sinais clinicos. A sintomatologia clínica pode ocorrer na fase aguda, início da infecção e na fase crônica, quando há reativação dos parasitos encistados causados por imunossupressão.
Porém, se fóssemos relatar os sinais mais comuns poderiamos citar além da diarréia, a anorexia, a letargia e a dispnéia. Como sinais menos frequentes a uveíte e efema, derrame peritoneal, icterícia, convulsões e ataxia.   Os órgãos principalmente acometidos são o pulmão, o olho, ou fígado.
O diagnóstico definitivo da toxoplasmose felina antes da morte pode ser obtido se o microorganismo for demonstrado. Contudo, isso é raro, particularmente se a doença for crônica.  
Taquizoítos podem ser detectados em vários  tecidos e fluidos durante a doença aguda. São comumente encontrados em fluidos peritoneais e torácicos de animais que desenvolveram efusões torácicas e ascite.  Por outro lado, são raramente encontrados no sangue, fluído cerebroespinhal (CSF), aspirados por agulha fina e lavados transtraqueal e broncoalveolar.
Além disso, detecção de oocistos nas fezes de gatos com diarréia sugere toxoplasmose, mas não é um achado definitivo porque as infecções por Bernositia darlingi e Hammondia hammondi produzem oocistos morfologicamente similares ao do Toxoplasma gondii.
Exames radiográficos podem ser realizados se os pulmões estiverem acometidos.
No  exame hematológico e bioquímico, os parâmetros podem estar anormais em gatos com toxoplasmose sistêmica.  No hemograma as alterações compatíveis são anemia arregenerativa, leucocitose  neutrofílica, linfocitose, neutropenia, monocitose e eosinofilia. Noexame bioquímico realizado durante a fase aguda da doença, verificam-se alterações como hipoproteinemia e hipoalbunemia. Ainda, pode ser visto o aumento na alanina aminotransferase (ALT), aspartateaminitransferase (AST) em gatos com necrose no músculo. Há também aumento dos níveis de bilirrubina em gatos quedesenvolvem colangio-hepatite e lipidose hepática.  Já os animais que desenvolvem pancreatite, podem apresentar aumento da amilase e lipase, além de redução no nível total decálcio com concentração de albumina normal.  Contudo, os achados dos exames hematológico e  bioquímicos são muito inespecíficos.
Pode ser feito a pesquisa  de anticorpos IgM, que surgem no início da infecção e estão presentes por 3 meses. Estando correlacionado com infecção recente ou ativa.
A prevenção é feita pela restrição do acesso do animal a rua, alimentação deve ser somente com ração para que animal não adquira o hábito de se alimentar fora de casa ou com outro tipo de alimento e medidas de higiene e vermifugação.
Uma das formas de reduzir a infecção humana é destruir os cistos da carne cozinhando-as até uma temperatura de 67 graus C por 20´, com garantia de que o calor penetrará igualmente no alimento, por isso não é recomendado o uso do microondas. O congelamento à -13 graus C por 18 a 24h, pode ser considerado um meio de destruição dos cistos. A promoção da higienização das mãos e outras medidas de higiene.
O tratamento para Toxoplasmose em gatos é a administração de clindamicina na dose de 25mg/Kg por via oral a cada 12 horas durante 2 a 3 semana. Podendo ser usado como opção o uso de sulfa mais trimetropim por 4 semanas.
            Vacina para felinos vem sendo desenvolvida para tal patologia.

fontes para pesquisa:
*O Paciente Felino, Norsworthy e colaboradores
*Coletâneas em medicina e cirurgia felina, Heloísa Justen



terça-feira, 26 de julho de 2011

BEM VINDO!

Esse blog tem o intuito de promover uma troca de conhecimentos entre interessados nos diversos assuntos referentes a felinos que serão abordados neste...

Abraço!